27 de fevereiro de 2015

Apenas uma opinião

Este post pode causar alguma controvérsia, mas como escrevi no título é apenas uma opinião, neste caso a minha. 
Cada um com a sua e eu gosto de respeitar todas! :)

Tanta conversa e ainda não cheguei ao tema, que nada mais nada menos é a possível entrada de alunos para universidades-politécnicos sem a prova de ingresso (os exames nacionais) com classificação positiva.
 Quem me falou desta notícia foi uma amiga/colega de turma, indignada com a notícia. E eu lá dei a minha opinião: "até acho bem".
"Cairam-me logo em cima", a minha amiga e outra colega que estava também a ouvir, não fossem elas duas mulheres do norte (que eu adoooro!!) sempre com uma opinião formada, não dando o braço a torcer e resposta na ponta da língua.

E eu sou a favor porquê? Porque eu, talvez como muitos outros jovens espalhados pelo país, não entrei no curso dos meus SONHOS. Digo sonhos porque desde que me lembro de ser gente disse que queria ser médica e posteriormente enfermeira quando caí na realidade que não tinha QI suficiente para tal média.
Passando uns anos, apercebo-me que nem enfermeira ia ser, isto porquê?
Porque tinha todas as provas de ingresso positivas menos a de Biologia, que por ironia era a ÚNICA que eu precisava.
E assim se perde um sonho de criança, que podia ser uma enfermeira e agora é um "protótipo de engenheira" como diz o meu pai. 

Se é injusto muitos alunos, e alguns amigos nossos poderem entrar no curso que sempre sonharam sem terem prova de ingresso? 
Para muitos a resposta é sim, e que se não entraram é porque não se esforçaram.
Para mim a resposta é não! Venham todos os que possam e que realmente querem, este país precisa de pessoas formadas e principalmente realizadas-felizes com o que fazem.
Eu tenho alguns amigos a penar com a matemática, outros com a química e andam a atrasar a vida deles por não terem prova de ingresso e talvez nunca a consigam ter. 
Estes meus amigos, iriam ser uns excelentes engenheiros, enfermeiros, veterinários ou outra coisa que eles quisessem, mas "cortaram-lhe as pernas" neste sonho.

Gente, apliquem-se!!! Quando ouvem dizer que vida universitária é o melhor que há, têm razão! Podemos passar umas noites sem dormir, mas passamos outras tantas entre amigos e entre festas (aqui deve ser o momento em que os meus pais pensam "o que anda a fazer a minha filha em Lisboa"). Eu tenho a plena noção que estou a viver os melhores anos da minha vida, rodeado dos melhores amigos que podia imaginar e que o tempo está a passar a voar!! 

Para finalizar, eu perdi o meu primeiro sonho de criança era bom que fosse o único perdido mas ganhei muitos outros e neste momento não me arrependo nada do curso onde estou. 
Não entrei onde queria, mas agora também não quero sair do curso onde estou. O importante é tentar ver o lado positivo de uma situação que inicialmente parece horrível (como a minha entrada neste curso), dar o nosso melhor em tudo e divertirmos-nos muito.
Um dia serei uma engenheira alimentar de muito sucesso e muito realizada!! :D

Resumindo: Só tenho é que agradecer muito a Deus todos os momentos tão bons que tenho vivido estes anos cá,  como o da foto em baixo com a minha cadelinha a Isa (nome da faculdade) que tantas alegrias e xixix no chão me dá. ;)

Esta foto foi tirada no dia da serenata, quando trajei a primeira vez doí-me os pés só de me lembrar
A Isa era nossa só há 1 dia!! Foi uma noite muito especial, partilhada com os amigos e a família.

Se quiserem ler a notícia é só clicar aqui, esta medida ainda vai a concelho e eu estou a torcer para que seja aprovada. 
E vocês, qual é a vossa opinião?

Pausa no Estudo está no Facebook e no Instagram @flaviakma e @mariaassantos

Beijinho, 
Flávia

4 comentários:

  1. http://amelhoramigadazara.blogs.sapo.pt/suaimitadora-309

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  2. Desculpa me discordar em parte com a tua opinião e vou justificar a minha opinião. Tal como tu sonhei ser médico, depois veterinário e só recentemente engenheiro. Esta hierarquia, no meu caso, tem dois motivos: 1º porque como a maioria dos pais deste mundo, que infelizmente ainda de baixa escolaridade (4º ano), incentivam os filhos a tirar cursos que na sociedade são reconhecidos como de alto estatuto e salário mas não demonstrando aos filhos a responsabilidade e limites que esses implicam e 2º a idade e o vário conhecimento empírico que ela trás mostrou-me que o ingresso ao ensino superior deve selecionar na sociedade os indivíduos mais aptos quer em QI, quer psicológicamente para determinadas profissões. Não sei se será o teu caso mas talvez conheças pessoas que não tenham jeito para cozinhar, ou arranjar algo, ou falar outra língua, ou cantar, etc é natural porque somos todos diferentes e ninguém é perfeito embora todos gostassem de o saber fazer, mas gostar não basta é preciso sobretudo apetência e só depois determinação. Quando estiveres no último ano do curso vais notar a grande diferença que existe entre os teus colegas, verás que alguns não têm responsabilidade na sua vida quanto mais para desenpenhar a formação que muita vez foi dada por pena e porque já pagam propinas à muitos anos porque nunca se esforçaram, ou pessoas que surpreendentemente sem estudar e se empenhar tiram boas notas ou pessoas que se esforçam e por vezes não têm uma classificação favorável, etc... Este facto devesse á grande pressão por parte da sociedade portuguesa para os indivíduos da sociedade adquirirem uma formação superior e o enorme derespeito e falta de reconhecimento por aqueles que embora sem ela, são grandes técnicos e profissionais naquilo que fazem. Se esta sociedade, tal como outros países que apostam verdadeiramente na educação, guiá-se os seus jovens de forma a perceber precocemente qual profissão adequada para as suas capacidades e não unicamente gosto, existiriam muito menos indivíduos frustados por não estarem realizados profissionalmente e os verdadeiramente aptos não tinham de competir com mão-de-obra barata com a mesma formação que actualmente se difundiu por excesso de mão-de-obra mal qualificada para diminutos lugares disponíveis neste pequeno país. Uma sociedade deve exigir desde tenra idade dos seus indivíduos e não após a sua formação académica superior, porque facilitismo trás consigo falta de responsabilidade individual e social. Como exemplos, vez que as mais conceituadas universidades publicas e privadas mundiais têm notas de ingresso elevadas, pois reconhecem que altas níveis de exigência revelam grandes profissionais e uma sociedade exigente como a japonesa têm grande prosperidade sem comprometer o bem-estar das suas populações. Finalizando e resumindo o comentário, na minha opinião, o facilitismo que actualmente existe no ingresso ao ensino superior, deveria ser ainda ligeiramente mais alto, para termos verdadeiros profissionais com formação e não sonhadores que devido a este facilitismo conseguiram tirar uma licenciatura ou mais e que deveriam estar na área que gostam com uma formação muito mais técnica e que não deixa de ser tão ou mais conceituada.

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    1. Concordo em muitos pontos, como em relação ao comportamento que certos colegas têm no curso. Falta de empenho, falta de gosto, falta de tudo. Falta-lhes principalmente pagar as propinas para darem valor à vida.
      Mas cada caso é um caso e eu quando escrevi estava a pensar no meu, sempre me empenhei e empenho e não consegui entrar onde queria.
      A minha colega de casa em Lx é outro exemplo disso, tinha uma excelente média a todas as disciplinas no 12º menos a educação física (o que lhe baixou a média), impedindo-a de entrar em veterinária como queria. Mas não desistiu, e entrou em engenharia zootecnica, fez as cadeiras todas e no final do ano foi fazer melhoria dos exames nacionais. Conseguiu melhorar e este ano está em medicina veterinária, está a adorar e eu não a imagino noutra profissão. Se há pessoas com vocação para veterinária ela é uma de certeza!
      Muito obrigada pela partilha, um beijinho e muita sorte para o teu futuro. :)
      Flávia Santos

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